domingo, 28 de março de 2010

RECEITAS DE FIM DE ANO...

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

quarta-feira, 24 de março de 2010

COMO POSSO CONTINUAR...


COMO POSSO CONTINUAR
Enquanto todo o sal é retirado do mar
Eu permaneço destronado
Eu estou nu e sangrando
E quando você apontar-me seu dedo tão selvagemente
E não houver ninguém para acreditar em mim
Para ouvir meu apelo e cuidar de mim?
Como posso continuar?
a partir de hoje?
Quem pode me fortalecer em todos os caminhos?
Onde posso estar seguro?
Onde posso permanecer?
Neste imenso mundo de tristezas
Como posso esquecer?
Aqueles lindos sonhos que compartilhamos
Eles estão perdidos e não há como encontrá-los!
Como posso ir em frente?
Algumas vezes eu tremo na escuridão
Eu não consigo ver
Quando as pessoas me assustam
Eu tento esconder-me bem longe da multidão
E não há ninguém lá para me confortar
Senhor Ouve meu apelo e cuida de MIM.
JULIO CESAR

segunda-feira, 22 de março de 2010

POEMA

HINO AO AMOR
Se o azul do céu escurecer
E a alegria na terra fenecer
Não importa, querido
Viverei do nosso amor

Se tu és o sonho dos dias meus
Se os meus beijos sempre foram teus
Não importa, querido
O amargor das dores desta vida

Um punhado de estrelas no infinito irei buscar
E a teus pés esparramar
Não importa os amigos, risos, crenças e castigos
Quero apenas te adorar

Se o destino então nos separar
Se distante a morte te encontrar
Não importa, querido
Porque morrerei também

Quando enfim a vida terminar
E dos sonhos nada mais restar
Num milagre supremo
Deus fará no céu te encontrar.
JULIO CESAR

quarta-feira, 17 de março de 2010

SKINNY COLORIDAS


Vocês viram o que saiu? as calças Skinny coloridas, masculinas e femininas.
Essa calça é muito usada na malhação, tem um garoto lá que usa muito; eu gostei da calça e vocês? o que acham?

segunda-feira, 15 de março de 2010

CONTOS DE TERROR


O QUADRO DO PALHAÇO
Festa de aniversário na casa de André, ele estava completando 8 anos, entre os vários presentes, um recebeu atenção especial, um quadro com a gravura de um palhaço, ele usava um chapéu amassado com uma flor morta e tinha uma fisionomia triste.

André não tinha mais tranqüilidade para brincar no seu quarto, se sentia vigiado pelo estranho quadro pendurado na cabeceira da cama. Ele tinha a impressão que o palhaço se mexia enquanto ele brincava.

O pior era quando anoitecia, na hora de dormir ele ouvia estranhos ruídos que pareciam vir do quadro, levantava, ligava a luz e lá estava o palhaço com o semblante triste, mas ao mesmo tempo um sorriso cínico. O medo era tão grande que um dia ele teve um terrível pesadelo com o palhaço, acordou no meio da noite, e foi correndo para o quarto da sua mãe.

Acordou disposto a dar fim naquele medo, pegou o quadro colocou no chão e ficou observando aquela gravura, era como se o palhaço tivesse vida. André pegou uma faca e começou a raspar os olhos do temível palhaço, sem os olhos ele não parecia tão terrível assim. Quando sua mãe chegou e viu o que ele tinha feito com o quadro ficou muito nervosa, lhe deu uma surra, e o pior, deixou André de castigo trancado no quarto.
Ele não sabia o que fazer, ele sentia a presença do palhaço no quarto, se apagava a luz ficava vendo coisas, se acendia lá estava a gravura, agora sem olhos e com um ar de vingança. Pegou o quadro e colocou embaixo da cama, deitou e pensou que tinha achado uma boa solução, mas começou a ouvir uma risada, bem baixinha, como se estivesse provocando.
- Lá, lá, lá lá lá. Não estou ouvindo nada! – começou a cantar com as mãos tampando os ouvidos.

André sentiu um forte puxão em seus braços.

- Agora você vai ouvir!!! - disse o palhaço em cima de sua cama, o garoto não podia acreditar que o palhaço estava na sua frente, não era uma gravura, era real, seu rosto era sombrio, sua maquiagem estava desbotada, usava uma roupa rasgada, fétida, era como um circo de horrorres.
- Me larga, seu palhaço horroroso... Me larga!!! – gritou André se debatendo.


O palhaço continuou a segurá-lo com muita força, e dava gargalhadas, de seus olhos escorriam um líquido negro, o palhaço ergueu a mão e enfiou com toda força no peito de André. Ele sentiu o amargo sabor da morte em seus lábios, não podia se entregar, não podia deixar sua vida escapar, de repente um clarão, e uma forte sacudida em seus ombros.
- Acorda, filho! Acorda! Calma... Foi apenas um pesadelo." – disse sua mãe.
A mãe de André deixou ele dormir no quarto dela. Mas ele sabia que seria só naquela noite, e teria que enfrentar o quadro novamente.

Na escola, ao contar o que aconteceu, seus amigos lhe deram a idéia de queimar o quadro.

Com um saco de lixo eles entraram no quarto sem que a empregada percebesse, pegaram o quadro e botaram dentro do saco.

- Onde vamos queimar? – perguntou André aos seus colegas.
- Na minha garagem! Vamos botar fogo nesse palhaço! – respondeu Fernando.
Jogaram muito álcool, pularam em cima do quadro, chutaram a gravura do palhaço, cuspiram em cima dele, um verdadeiro exorcismo.

-Taca fogo, André! Queima ele!" – gritou Fernando
André riscou o fósforo e jogou em cima do quadro. As labaredas consumiram o quadro, a gravura se desmanchou até não restar mais nada. Todos comemoraram. Menos a mãe de André que ficou revoltada ao saber que o garoto tinha destruído o quadro que seu avô lhe dera.

Era festa de aniversário de Fernando, já tinha passado alguns meses após o acontecido, todos os amigos reunidos inclusive André, muitos presentes chegaram, carrinho de controle remoto, vídeo game, bola, mas faltava desembrulhar um presente, ninguém sabia quem tinha dado aquele, estava encostado na parede, embrulhado com um papel marrom.

- Oba! Vamos ver o que é esse! - gritou Fernando chamando os colegas.
-Acho que é um jogo! – disse André.
- Não! Eu acho que é um quebra-cabeça!
E ao desembrulhar a terrível surpresa...

- O quadro do palhaço!!!!
FIM

APRENDI E DECIDI
E assim, depois de muito esperar,
num dia como outro qualquer,
decidi triunfar...
Decidi ver cada dia como uma nova
oportunidade de ser feliz.
Aprendi que de nada serve ser luz,
se não vai iluminar o caminho
dos demais...
Aprendi que os sonhos são somente
para fazer-se realidade.
E desde aquele dia já não durmo
para descansar...
Agora simplesmente durmo
para sonhar...
JULIO CESAR

ROSEIRA
Em meio a galharada
ao lado da calçada
um pedreiro percebeu,
próximo de um regato
no meio de tanto mato
um pé de rosa nasceu.

Quando o tempo te sobrava
daquela planta cuidava
aos poucos ela cresceu,
nem que fosse um minutinho
ele,a olhava com carinho
era um passatempo seu.

Quando a geada prometia
a planta,ele cobria
para ela nunca morrer,
nas tardes do mes de junho
lá ia,com lona em punho
sua plantinha proteger.

tudo em volta queimou
todo o verde a geada matou
so a roseira sobreviveu.
E o pedreiro sorridente
a olhava todo contente
e dizia-voce não morreu...

A época,não me lembro,
creio que foi setembro,
o pedreiro adoeceu.
não sei que data era
mas,chegando a primavera
a roseira floresceu.

O que causou estranhesa,
talvez ,erro da natureza,
uma geada aconteceu.
Da planta sem protetor
não restou nenhuma flor
folhas e caule,derreteu.

Algum tempo ja passado
o pedreiro recuperado
para lá caminhou.
A roseira foi procurar,
ficou triste o seu olhar,
so o tronco restou...

Mas no mato ressecado
onde tudo foi queimado
o pedreiro encontrou,
um galho a escondida
que ainda tinha vida
devagar ele puxou.

Foi tremendo de emoção
que pegou uma rosa e um botão
era o presente seu....
ajoelhando ali sosinho
disse ao tronco com carinho...
-voce...não me esqueceu....
JULIO CESAR