segunda-feira, 15 de março de 2010


ROSEIRA
Em meio a galharada
ao lado da calçada
um pedreiro percebeu,
próximo de um regato
no meio de tanto mato
um pé de rosa nasceu.

Quando o tempo te sobrava
daquela planta cuidava
aos poucos ela cresceu,
nem que fosse um minutinho
ele,a olhava com carinho
era um passatempo seu.

Quando a geada prometia
a planta,ele cobria
para ela nunca morrer,
nas tardes do mes de junho
lá ia,com lona em punho
sua plantinha proteger.

tudo em volta queimou
todo o verde a geada matou
so a roseira sobreviveu.
E o pedreiro sorridente
a olhava todo contente
e dizia-voce não morreu...

A época,não me lembro,
creio que foi setembro,
o pedreiro adoeceu.
não sei que data era
mas,chegando a primavera
a roseira floresceu.

O que causou estranhesa,
talvez ,erro da natureza,
uma geada aconteceu.
Da planta sem protetor
não restou nenhuma flor
folhas e caule,derreteu.

Algum tempo ja passado
o pedreiro recuperado
para lá caminhou.
A roseira foi procurar,
ficou triste o seu olhar,
so o tronco restou...

Mas no mato ressecado
onde tudo foi queimado
o pedreiro encontrou,
um galho a escondida
que ainda tinha vida
devagar ele puxou.

Foi tremendo de emoção
que pegou uma rosa e um botão
era o presente seu....
ajoelhando ali sosinho
disse ao tronco com carinho...
-voce...não me esqueceu....
JULIO CESAR

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